Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 15/06/2011 às 13:30:05

Médicos pagam Fies com trabalho em municípios pobres

Os médicos formados por meio do Financiamento Estudantil (Fies) podem quitar o valor devido em menos de dez anos preenchendo necessidades do Sistema Único de Saúde. A portaria 1.377, publicada nesta terça-feira (14), divulgou os critérios tanto para definir as especialidades médicas prioritárias para a rede pública quanto os de municípios com maior dificuldade para fixar esses profissionais no Programa Saúde da Família.

Entre eles, a definição será por percentual da população em extrema pobreza habitante naquela região. De acordo com o Ministério da Saúde, a portaria é um desdobramento da Lei nº 12.202, de 14 de janeiro de 2010, que garante o benefício, a partir de regulamentação do ministério.

Os médicos que ingressarem em equipes de Saúde da Família nas regiões prioritárias, após um ano de trabalho, terão 1% ao mês de abatimento na dívida do FIES. Ou seja, caso queiram, depois de um ano mais 100 meses compondo a equipe do ESF nesses municípios, os médicos quitarão sua dívida com o FIES, inclusive juros – o total equivale a pouco menos de dez anos.

Além disso, aqueles profissionais que utilizaram o FIES e optarem pela residência médica em uma das especialidades listadas como prioritárias para o SUS terão extensão do prazo de carência do financiamento por todo o período da residência médica.

Os critérios que definirão os municípios são: Produto Interno Bruto (PIB) per capita; população sem cobertura de planos de saúde; percentual da população residente em área rural; percentual da população em extrema pobreza; percentual da população beneficiária do Programa Bolsa Família; percentual de horas trabalhadas de médicos da Atenção Básica por mil habitantes; percentual de leitos por mil habitantes e indicador de rotatividade.

No caso das especialidades prioritárias para a rede pública de saúde, os critérios observados serão os seguintes: especialidades definidas como pré-requisito para o credenciamento dos serviços, sobretudo na alta complexidade; especialidades necessárias a uma região (segundo demanda da evolução do perfil sócio-epidemilógico da população); especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para o SUS e especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação.

Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 15.06.11


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

A explosão nas denúncias sobre calor extremo no trabalho no Brasil

Denúncias ao Ministério Público do Trabalho com referências ao calor quase quintuplicaram entre 2022 e 2024 e queixas recebidas neste início de 2025 já superam as do ano de 2022 inteiro. Forma de trabalhar terá que mudar para se adequar a um mundo cada vez mais quente, dizem especialista.

Saúde Empresarial, por Redação

Secretários municipais de saúde recebem desafios do ministério

Cerca de 2 mil secretários municipais de saúde, das 435 Regiões de Saúde existentes no País, terão como desafios nos próximos quatro anos melhorar a qualidade da atenção básica, investir em infraestrutura, com construção, reforma e ampliação das unidades de saúde, e humanizar o atendimento à população.

Saúde Empresarial, por Redação

SP ganha centro de medicina nuclear de padrão internacional

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina,

Saúde Empresarial, por Redação

Novas vacinas reduzem internações por pneumonia

Estudo mostra que a introdução das vacinas contra Influenza A (H1N1) e da anti-pneumocócica no calendário de vacinas obteve impacto positivo na redução das hospitalizações por pneumonia

Saúde Empresarial, por Redação

Vacinas contra gripe são menos eficazes em obesos

A vacina contra a gripe pode ser menos eficaz em pessoas obesas, aponta um novo estudo desenvolvido na University of North Carolina (EUA). O estudo pode explicar um fenômeno visto durante a vacinação contra a gripe suína em 2009. De acordo com pesquisadores, obesos mostraram respostas imunológicas piores às vacinas.

Deixe seu Comentário:

=