Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 03/09/2025 às 07:14:20

Boreout ou Burnout? 4 sinais para identificar a diferença

No Brasil, três em cada dez profissionais enfrentam o burnout, síndrome caracterizada por esgotamento físico e mental, desmotivação e sensação de distanciamento, segundo a ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho).

Mas nem toda queda de energia no trabalho é sinal de exaustão extrema. Em muitos casos, o problema é o boreout — um tédio crônico que surge quando faltam desafios e propósito no dia a dia, levando ao desânimo e à perda de engajamento.

Um estudo da OnePoll, empresa de pesquisa de mercado e opinião pública, mostrou que quase metade dos americanos se sente entediada no trabalho três vezes por semana. A boa notícia é que o tédio é mais fácil de gerenciar do que o burnout, e não significa, necessariamente, que você precise trocar de emprego.

Com clareza sobre o que se busca e diálogo aberto com as pessoas certas, é possível ressignificar a rotina, recuperar o engajamento e encontrar equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

4 sinais de que você está com boreout (e não burnout)

1. Você está no mesmo cargo há mais de dois anos

Depois de dois anos na mesma função, é comum já ter domínio técnico e ser referência em determinadas tarefas ou projetos. Esse nível de expertise, embora positivo, pode dar a sensação de estagnação.

Não se trata de buscar mais carga de trabalho, mas de se manter curioso, desafiado e inspirado. Para isso, encontre novos significados no que faz: estabeleça como meta treinar colegas recém-chegados, revisite projetos anteriores em busca de estratégias diferentes e explore novas ferramentas ou processos.

Parcerias com outras áreas ou a liderança de atividades criativas também podem renovar sua motivação. Lembre-se: crescimento não depende, necessariamente, de uma mudança de cargo.

2. Seu chefe nunca mudou de posição

Trabalhar há muito tempo sob a mesma liderança pode gerar desânimo, sobretudo se a falta de movimentação na hierarquia bloqueia a sua evolução. Mas isso não precisa limitar seu caminho.

Busque mentores em outras equipes, participe de projetos corporativos e eventos que permitam contato com diferentes estilos de liderança. Expandir sua rede por meio de conferências, comunidades online e encontros locais também abre portas para novas ideias, tendências e oportunidades de carreira.

Ainda que você não possa controlar o futuro do seu chefe, pode controlar o seu. Registre suas conquistas e impactos mensuráveis: quando surgir a oportunidade, dentro ou fora da empresa, terá confiança para dar o próximo passo.

3. Você não pede desafios fora da zona de conforto

burnout é fruto de sobrecarga prolongada. Já o boreout nasce, muitas vezes, da permanência excessiva na zona de conforto. E apenas você pode quebrar esse ciclo.

Procure desafios além da sua área. Se atua como editor nos bastidores, acompanhe gerentes de projeto e observe como eles atraem clientes, negociam prazos e equilibram demandas conflitantes. Se é um desenvolvedor, aprenda como o time de marketing conduz campanhas.

Medos, como o de falar em público, também podem ser vencidos passo a passo: comece participando ativamente de reuniões e, depois, se voluntarie para apresentar projetos. O objetivo é abraçar o desconhecido e transformar cada desafio em crescimento.

4. Você nunca conversou com seu gestor sobre sua situação

A falta de comunicação é uma das principais fontes de frustração no trabalho. Se você nunca compartilhou com seu gestor como se sente, é provável que esteja sofrendo em silêncio — e que ele nem perceba.

Seja para pedir uma promoção, expor a falta de estímulo ou sugerir mudanças, a conversa é essencial. Compartilhe suas metas e o prazo que imagina para atingi-las. Quer uma promoção no próximo ano? Pergunte quais competências precisa desenvolver. Está cansado de lidar sempre com os mesmos clientes? Solicite uma possível mudança de contas. Transparência aumenta as chances de receber o apoio necessário.

Transforme o tédio em oportunidade

Mesmo em um trabalho que você gosta, é natural sentir momentos de desinteresse. Mas isso não significa que chegou a hora de pedir demissão. Reconheça seus sentimentos, entenda suas causas e adote medidas proativas para transformar o tédio em motor de mudança. Com o olhar certo, o que parece desmotivação pode ser, na verdade, o ponto de virada que faltava na sua carreira.

Fonte: Forbes Brasil


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