Publicado por Redação em Gestão do RH - 07/05/2025 às 07:59:59
Benefícios corporativos ganham protagonismo na retenção de talentos e no bem-estar dos colaboradores
A retenção de talentos deixou de ser apenas um objetivo estratégico e se tornou uma necessidade urgente nas empresas brasileiras. Em um mercado onde 85% dos profissionais empregados estão abertos a novas oportunidades, segundo dados do LinkedIn, garantir que bons colaboradores permaneçam por mais tempo tornou-se um desafio constante para os departamentos de Recursos Humanos.
Uma pesquisa recente da Robert Half revela que o temor de perder bons profissionais já é a principal preocupação das grandes empresas, superando inclusive metas de produtividade (56%) e lucratividade (54%). Diante desse cenário, os benefícios corporativos surgem como ferramentas poderosas não apenas para atrair, mas principalmente para reter talentos e promover ambientes mais saudáveis, felizes e sustentáveis.
“Oferecer benefícios que resolvam questões reais do dia a dia do colaborador é um diferencial competitivo que se traduz em vínculo, segurança e permanência”, afirma João Henrique Innecco, cofundador da Ecx Pay, empresa especializada em soluções corporativas. “Quando o trabalhador sente que a empresa atua como parceira da sua vida, a relação vai além do contrato: ela vira confiança e reciprocidade.”
Benefícios que impactam de verdade
De acordo com a mesma pesquisa da Robert Half, 98% dos profissionais consideram o pacote de benefícios determinante na hora de aceitar ou permanecer em um emprego. Isso mostra que o bem-estar financeiro e emocional tem peso semelhante – ou até maior – que o valor líquido na conta bancária.
Entre os benefícios mais valorizados pelos colaboradores estão:
Cartões corporativos com descontos em lojas e serviços,
Clubes de vantagens,
Vales para despesas essenciais como alimentação, mobilidade e saúde,
Programas de antecipação salarial,
Apoio financeiro emergencial.
Essas soluções aliviam pressões do dia a dia, ajudam no planejamento financeiro e criam uma percepção clara de que a empresa se importa com o que acontece fora do expediente.
A antecipação salarial como ferramenta de bem-estar
A antecipação salarial tem ganhado destaque como um benefício estratégico e preventivo contra o endividamento. Ao oferecer a possibilidade de antecipar parte do salário mensal – em alguns casos até 30% –, as empresas conseguem dar mais estabilidade e previsibilidade ao colaborador, especialmente diante de emergências como despesas médicas, consertos ou imprevistos familiares.
Um levantamento da Ecx Pay mostra que cerca de 90% das compras feitas com o adiantamento salarial são direcionadas a despesas básicas, como alimentação e saúde, com ticket médio de R$ 219. Para o colaborador, isso significa menos dependência de créditos abusivos, como cheque especial ou cartão rotativo, cujos juros ultrapassam 300% ao ano.
“Essa solução protege o colaborador de armadilhas financeiras e, ao mesmo tempo, fortalece sua relação com a empresa, que passa a ser vista como um verdadeiro parceiro de vida, não apenas como empregadora”, reforça Innecco.
Ambiente saudável começa com confiança
Além dos impactos financeiros, os benefícios corporativos bem estruturados geram um ciclo virtuoso nas organizações: aumentam a satisfação, reduzem o turnover, fortalecem a cultura organizacional e criam ambientes mais empáticos e humanizados.
“Quando os profissionais sentem que sua empresa oferece apoio em momentos críticos, isso reforça a sensação de pertencimento e o desejo de continuar construindo uma trajetória ali”, afirma o executivo.
A equação é simples e poderosa: colaboradores felizes permanecem mais tempo, produzem melhor e se tornam embaixadores naturais da marca empregadora. Para isso, é preciso que as empresas enxerguem os benefícios não como custo, mas como investimento direto na saúde emocional, física e financeira do time.
Em um momento em que o capital humano é o ativo mais disputado do mercado, investir em benefícios inteligentes, acessíveis e humanizados é um dos caminhos mais eficazes para construir empresas sustentáveis, felizes e competitivas.
Fonte: Mundo RH